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Equipe técnica do Arquivo Nacional auxilia na recuperação de acervos afetados por enchentes no Rio Grande do Sul

Uma equipe técnica do Arquivo Nacional embarcou nesta segunda-feira (1º) rumo ao Rio Grande do Sul, para avaliar os acervos que foram prejudicados pelas enchentes em diversas cidades do estado. Desde o dia 30 de abril, a instituição vinha prestando auxílio de forma remota, e agora a visita presencial visa acompanhar a situação atual dos documentos e as demandas de cada localidade.

No decorrer do dia de hoje, estão previstas reuniões com a equipe do Arquivo Público do Rio Grande do Sul (Apers) e outros representantes de instituições responsáveis pela guarda de acervos. Durante a semana, até a próxima quarta-feira (4), estão programadas mais reuniões e visitas a órgãos que tiveram seus acervos comprometidos, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

De acordo com informações do Arquivo Nacional, 19 órgãos do estado já entraram em contato e receberam orientações sobre a preservação e recuperação de documentos. A instituição disponibiliza um serviço de helpdesk permanente por e-mail e aplicativos de mensagens.

As fortes chuvas que atingiram o estado ao longo do mês de maio causaram danos significativos ao patrimônio público e privado. Em situações extremas, alguns documentos podem não ter mais possibilidade de recuperação e precisam ser eliminados, seguindo as diretrizes técnicas estabelecidas pela instituição. É necessário que haja autorização expressa do Arquivo Nacional nos casos em que os órgãos afetados são vinculados à administração pública federal.

Os técnicos da Coordenação de Preservação do Acervo do Arquivo Nacional realizaram testes e simulações para avaliar a situação dos arquivos pós-enchentes, visando encontrar soluções mais eficazes para o resgate dos acervos. Esses experimentos foram acompanhados na fábrica de papel mantida pela instituição no Rio de Janeiro.

Dentre as orientações repassadas aos órgãos com acervos afetados pelas enchentes, está a importância de realizar tomadas de decisão, como a definição dos documentos que serão priorizados no resgate. Documentos considerados de guarda permanente e que envolvem garantias de direitos e deveres dos cidadãos, assim como aqueles sem cópias digitalizadas, devem ser priorizados.

Outra recomendação é o congelamento do acervo em casos nos quais a quantidade de documentos afetados pela água ultrapassa a capacidade de monitoramento e tratamento. Essa medida visa preservar os documentos e permitir que o tratamento seja realizado de forma gradual, de acordo com as possibilidades de cada órgão. O congelamento evita o desenvolvimento de colônias de microrganismos que poderiam prejudicar ainda mais os documentos.

A equipe do Arquivo Nacional está empenhada em auxiliar na preservação e recuperação dos acervos afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, a fim de garantir a salvaguarda da memória e do patrimônio histórico da região. É fundamental a união de esforços entre instituições e órgãos responsáveis para minimizar os danos e assegurar a integridade dos documentos afetados.

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