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Eleições legislativas na França registram alto índice de comparecimento no primeiro turno, com destaque para a extrema direita.

Neste domingo (30), o primeiro turno das eleições legislativas na França movimentou cerca de 66,71% dos mais de 49,33 milhões de eleitores aptos a votar. Com uma taxa de participação considerada alta, esse pleito demonstra o grande interesse da população francesa nas decisões políticas do país. O segundo turno está marcado para o próximo domingo (7), e a expectativa é que os eleitores compareçam em massa para escolher seus representantes.

Os 577 deputados, juntamente com os 348 senadores, compõem o Parlamento francês, órgão responsável por criar e modificar as leis nacionais, além de fiscalizar as ações do governo federal. O mandato de um deputado tem duração de cinco anos, mas pode ser interrompido pela dissolução da Assembleia Nacional, como aconteceu este ano, quando o presidente Emmanuel Macron optou por antecipar as eleições legislativas previstas para 2027.

A antecipação das eleições foi motivada pelo resultado das eleições europeias, que revelaram um avanço significativo dos candidatos do partido de extrema-direita Reagrupamento Nacional (RN). Com a divisão do poder cada vez mais iminente, Macron tem pela frente um desafio político relevante. No primeiro turno das eleições antecipadas, o RN, liderado por Marine Le Pen, conquistou 29,25% dos votos, seguido pela Nova Frente Popular, coalizão de partidos de esquerda, com 27,99%, e pelo partido de Macron, Juntos Pela República, que obteve 20,04% dos votos.

A liderança da extrema direita no primeiro turno das eleições foi expressiva, mas ainda há muitos assentos em jogo. A França possui um sistema eleitoral peculiar, em que cada circunscrição elege um representante. A maioria absoluta dos votos garante a eleição do candidato já no primeiro turno, mas, caso contrário, os dois primeiros colocados disputam o segundo turno. Com grande incerteza sobre a composição da futura legislatura, a política francesa segue em um momento de intensa especulação e expectativa.

As eleições legislativas na França têm desdobramentos não apenas para o país, mas também para a União Europeia e para outros atores globais, como o Brasil. Com a possibilidade de um governo liderado pela extrema direita, as relações internacionais e as políticas ambientais podem sofrer alterações significativas. O resultado do segundo turno das eleições legislativas francesas será aguardado com ansiedade, enquanto a população e os analistas políticos permanecem atentos aos desdobramentos desse cenário eleitoral complexo e imprevisível.

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