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Presidente da OAB pode ser reeleito pela primeira vez, dividindo opiniões na categoria e desafiando tradição




Reeleição de presidente da OAB é discutida nos bastidores

Reeleição de presidente da OAB é discutida nos bastidores

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) está em meio a discussões internas sobre a possibilidade de dar um segundo mandato inédito ao atual presidente nacional, Beto Simonetti. Esse cenário, que pode se tornar um precedente na entidade, é apoiado por parte significativa dos membros, mas também enfrenta resistência de importantes quadros da categoria.

Embora não haja impedimentos legais para a reeleição de um presidente da OAB, é tradicional na entidade haver um revezamento no cargo. No entanto, aliados de Simonetti já garantem sua reeleição, com apoio da maioria das seccionais nos estados, enquanto uma oposição busca se fortalecer para uma possível candidatura alternativa.

Simonetti, advogado do Amazonas, foi eleito em chapa única pelo Conselho Federal da Ordem em 2022 e seu mandato vai até o início do próximo ano. Ele faz parte de um grupo que está no comando da OAB desde 2013, quando Marcus Vinicius Furtado Coêlho foi eleito presidente.

O atual presidente defende uma postura mais neutra em relação a questões políticas e tem focado na defesa de pautas classistas, em contraste com seus antecessores, Claudio Lamachia e Felipe Santa Cruz, que se destacaram por atuarem de forma mais opositora em relação aos governos federais.

A eleição para presidente nacional da OAB é indireta e feita pelos 81 conselheiros federais eleitos nos estados e no Distrito Federal, em um sistema controverso que divide opiniões dentro da categoria. Simonetti tem sido discreto em suas ações e evita confrontos com os ministros do Supremo Tribunal Federal, apesar de criticar algumas decisões.

Nos bastidores, o grupo de Simonetti tem discutido a possibilidade de sua reeleição, especialmente após seu possível sucessor desistir da candidatura. Há críticas e apoios à reeleição, gerando divisões entre os representantes da Ordem nos estados, com resistências mais fortes vindas de Minas Gerais e São Paulo.

Apesar das controvérsias, Simonetti ainda não se pronunciou oficialmente sobre a reeleição, mas a entidade afirmou que o tema será discutido após as eleições nas seccionais da OAB, previstas para novembro.

O debate sobre a reeleição do presidente da OAB mostra as divergências internas e a necessidade de buscar um consenso entre os membros da entidade para os próximos passos da gestão.


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