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Extrema direita pode conduzir governo francês pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, gera incertezas e desafia Macron

Em um cenário político inédito na França, caso o Rassemblement National (RN) consiga reunir um número suficiente de eleitos para se estabelecer como maioria no Parlamento, o partido terá a oportunidade de escolher um primeiro-ministro. Essa possibilidade levanta a perspectiva de a extrema direita assumir o comando do governo francês pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

Para o presidente Emmanuel Macron, a eventual chegada ao poder do RN significa que ele terá de compartilhar o poder “até as eleições, em 2027”, abrindo uma era de incertezas políticas no país. Não seria algo inédito dois partidos diferentes terem que estabelecer uma convivência, porém, a novidade é a presença da extrema direita, que já deixou claro não estar disposta a fazer concessões.

Além disso, o resultado eleitoral representa também uma derrota pessoal para Macron, que, após o revés nas eleições europeias, apostava na união dos partidos republicanos para formar um “cordão sanitário” contra os extremistas, estratégia que não surtiu efeito.

Em um encontro recente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Macron expressou sua crença de que os franceses votariam de forma diferente em relação ao RN, o que acabou não se confirmando. O presidente francês agora se vê diante da possibilidade de a extrema direita assumir o poder antes das eleições presidenciais de 2027.

Enquanto isso, do lado do RN, a possível derrota de Macron é recebida com certo tom de ironia, sinalizando que as projeções do presidente falharam. Resta agora aguardar os desdobramentos políticos nos próximos anos, com a esperança de que as urnas possam barrar os ultraconservadores do comando do país.

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