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Eleição na França mostra ascensão da ultradireita e desafios para Macron em formar coalizão no parlamento.






Análise Eleitoral: Futuro Incerto na França

Análise Eleitoral: Futuro Incerto na França

A ultradireita deve ter perto de 37% dos votos no primeiro turno da eleição legislativa da França, neste domingo. A coalizão de esquerda, ecologistas e centro-esquerda teria 29%. A coalizão de centro, liderada pelo presidente da República, Emmanuel Macron, ficaria com 20%. O que restou da centro-direita, 7%. De acordo com pesquisas realizadas por institutos renomados como Ifop e Ipsos.

Supondo que essa seja a composição da Assembleia Nacional, o resultado é incerto devido ao sistema eleitoral vigente. Este cenário seria, em parte, consequência do fracasso político de Macron, que buscava uma renovação no cenário político francês.

Macron, que assumiu a presidência em 2017, apostou em novos deputados e pretendia uma oxigenação no sistema político, promovendo a modernização do país. No entanto, as pesquisas atuais indicam um possível governo minoritário com participação da ultradireita, representada por Marine Le Pen.

O presidente francês tentou criar um centro grande, unindo esquerda e direita em torno de sua liderança. No entanto, o movimento dos “coletes amarelos” em 2019 evidenciou a insatisfação popular, desencadeando uma série de protestos contra suas políticas.

O Desafio de Macron

Com seu mandato indo até 2027, Macron enfrenta a difícil missão de governar um país dividido politicamente. Sua aproximação com a centro-direita resultou em uma queda em sua popularidade, com reformas contestadas e protestos frequentes nas ruas francesas.

A tentativa de criar um centro dominante e renovado parece não ter dado frutos, demonstrando os limites do sistema político atual diante das crises sociais e das insatisfações da população.

Conclusão

A incerteza política na França reflete um cenário global de questionamentos sobre os modelos tradicionais de governo. A busca por soluções para as crises do século 21 coloca em xeque a viabilidade de alianças políticas duradouras e a governabilidade a longo prazo.

Por: Redação Jornalística


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