O resultado das eleições presidenciais na Argentina trouxe mudanças significativas para o país, com a eleição de Javier Milei como o próximo presidente. Com a conquista de 55,69% dos votos válidos, com 99,26% das urnas apuradas, Milei agora enfrenta o desafio de implementar suas propostas ambiciosas, que incluem uma abertura unilateral ao mercado global e a saída do Mercosul.
Um dos principais desafios de Milei será lidar com um Congresso fragmentado, resultado das eleições de outubro. A coalizão de ultraliberais, A Liberdade Avança, conquistou um número considerável de cadeiras, mas ainda assim não possui maioria no Legislativo argentino.
Além disso, a inexperiência de Milei e seus correligionários no poder é um fator que pode dificultar a construção de acordos políticos. Sua popularidade, baseada em um posicionamento “anticasta” político, também pode influenciar a forma como ele e seu partido conduzirão os trabalhos no governo.
Por outro lado, o apoio de Patricia Bullrich e a coalizão Juntos pela Mudança pode beneficiar Milei, apesar de não possuírem maioria no Congresso. Ainda assim, a construção de acordos e a concessão de propostas devem ser desafios importantes para o novo presidente e sua coalizão.
É importante destacar que a oposição no Legislativo também tem um papel significativo, muitas vezes apresentando projetos para demarcar sua agenda. Agora, Milei e A Liberdade Avança precisarão fazer concessões e lidar com a oposição de maneira estratégica.
Com os eleitos do Executivo e do Congresso tomando posse em 10 de dezembro, é esperado que a dinâmica política na Argentina passe por mudanças significativas nos próximos meses, com Milei enfrentando diversos desafios e buscando implementar suas propostas.
