
O legado do Estado Islâmico: uma retrospectiva após 10 anos
No dia 29 de junho de 2014, Abu Bakr al-Baghdadi fez um pronunciamento histórico em uma mesquita em Mossul, Iraque. Com um turbante negro e semblante sério, anunciou a criação de um califado pelo Estado Islâmico, chocando a comunidade internacional.
O avanço rápido do EI pelo norte do Iraque e leste da Síria o transformou em um dos grupos terroristas mais bem-sucedidos da história recente. No entanto, uma coalizão internacional conseguiu conter seus avanços ao longo dos anos e eventualmente eliminar Baghdadi em um ataque aéreo em 2019.
Atualmente, o EI está enfraquecido, mas não eliminado. Expandiu-se para outras regiões, principalmente na Ásia Central, onde vem crescendo. O braço do grupo na região, conhecido como ISIS-K, reivindicou recentemente atentados na Rússia, alertando para a ameaça contínua representada pela organização.
Em seu auge, o EI realizou atentados em grandes cidades europeias, como Paris, matando centenas de pessoas. A organização tornou-se conhecida por sua habilidade em usar as redes sociais para recrutar e radicalizar jovens ao redor do mundo, como o brasileiro Kayke Luan Ribeiro Guimarães, detido na fronteira entre Bulgária e Turquia em 2014.
Apesar dos esforços para combater a propaganda do EI online, parte desse conteúdo ainda está disponível na deep web, representando um desafio contínuo para as autoridades. O grupo terrorista continua a almejar pessoas marginalizadas e manter viva a ideia de uma guerra religiosa.
À medida que nos aproximamos do aniversário de 10 anos desde o anúncio do califado pelo EI, a comunidade internacional permanece vigilante, ciente de que a ameaça permanece real. O legado deixado pelo grupo terrorista continua a ecoar, lembrando-nos da importância da luta contra o extremismo e do desafio constante de garantir a segurança global.