DestaqueUOL

Baixa participação marca eleições no Irã, com apenas 40% dos eleitores votando, após morte do presidente e convocação às pressas.




Eleições no Irã: Baixa participação marca votação para escolha do novo presidente

Na sexta-feira, cerca de 61 milhões de eleitores iranianos foram convocados a participar das eleições organizadas às pressas após a trágica morte do presidente ultrarconservador Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero em 19 de maio. Apesar dos apelos do aiatolá Khamenei para que a votação fosse encarada com seriedade, apenas 40% dos eleitores depositaram seus votos nas urnas, marcando a participação mais baixa em um primeiro turno de eleições presidenciais desde a revolução que derrubou o xá do Irã. O boicote à votação foi defendido por opositores, principalmente os que residem no exterior.

As autoridades tinham a expectativa de uma participação expressiva, considerando que as eleições presidenciais de 2021, que não permitiram a participação de candidatos reformistas ou moderados, registraram uma abstenção recorde de 51%. Apenas 41% dos eleitores também votaram nas eleições legislativas realizadas em março.

O segundo turno das eleições presidenciais no Irã será observado de perto no exterior, visto que o país desempenha um papel importante no Oriente Médio, envolvendo-se em diversas crises geopolíticas, como o conflito na Faixa de Gaza, apoio ao movimento islâmico Hamas contra Israel, intervenção na guerra civil no Iêmen e a questão do programa nuclear, que gera tensões com países ocidentais.

Candidatos com propostas distintas

Os dois finalistas das eleições presidenciais no Irã defendem propostas bastante diferentes. O candidato Masud Pezeshkian, cirurgião de profissão e ex-ministro da Saúde, é conhecido por sua franqueza e críticas ao governo, especialmente durante protestos ocorridos em 2022. Ele propõe o reaquecimento das relações com países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, visando a diminuição das sanções que afetam a economia iraniana.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo