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Ala da União Brasil resiste a apoiar o prefeito Ricardo Nunes e considera respaldar candidatura de influenciador Pablo Marçal





Racha no Partido União Brasil de São Paulo

Por: Jornalista Anônimo

Uma ala da União Brasil em São Paulo ainda resiste em apoiar o prefeito Ricardo Nunes (MDB) na disputa pela reeleição à Prefeitura da cidade. Essa ala considera respaldar a candidatura do influenciador, empresário e ex-coach Pablo Marçal (PRTB).

O racha no partido persiste mesmo após o anúncio de Nunes sobre o apoio da legenda ao ex-chefe da Rota Ricardo Mello Araújo (PL) como vice na chapa do prefeito emedebista.

Além do descontentamento em relação ao vice, que, segundo um grupo do partido, não agregaria muito à chapa, outros fatores geram resistências na União Brasil quanto à aliança com Nunes.

De acordo com informações apuradas, integrantes da cúpula nacional do partido desejariam que Nunes se comprometesse ou ao menos demonstrasse alinhamento com o projeto nacional da legenda para 2026. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), é pré-candidato à Presidência. A falta de um gesto nesse sentido por parte do prefeito e do MDB preocupa os membros do partido.

Há também a demanda por mais espaço na prefeitura no próximo ano, o que não teria sido garantido. A única garantia é que o PL, partido de Mello Araújo, concordou em apoiar a União Brasil na eleição para a Mesa Diretora da Câmara Municipal em 2025. No entanto, membros da cúpula nacional do partido afirmam que isso pode não ser suficiente para manter o apoio a Nunes.

Uma parte da legenda ainda acredita que a candidatura de Nunes possa desidratar, apesar de ele liderar as pesquisas de intenção de voto. No último Datafolha, divulgado em 31 de maio, Nunes estava empatado tecnicamente com Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal aparecia com entre 7% e 9% das intenções de voto, dependendo do cenário pesquisado.

Na leitura de um integrante da União Brasil, Marçal pode atrair eleitores de direita que votariam em Nunes, apesar do esforço do prefeito emedebista em cooptar uma parte desse eleitorado ao escolher o ex-chefe da Rota como seu vice.

A pré-candidatura de Marçal tem preocupado aliados de Bolsonaro, que temem pela popularidade do influenciador. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tem tentado convencer Marçal a desistir da disputa e buscar uma vaga ao Senado em 2026, acabando com qualquer ameaça a Nunes e a quem Bolsonaro pretenda apoiar no próximo pleito nacional.

Dirigentes do MDB e outros partidos que apoiam o prefeito mostram ceticismo em relação a essa possibilidade e apostam na manutenção do apoio da União Brasil a Nunes.

A pré-campanha de Nunes planeja um ajuste para conquistar de vez os eleitores de Bolsonaro, visando fortalecer a posição do prefeito na corrida eleitoral.


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