No Centro de Saúde de Kwapong, na área rural de Gana, um movimento silencioso mas significativo está ocorrendo. Beatrice Nyamekye, uma enfermeira de saúde comunitária, está ajudando dezenas de mulheres a terem mais controle sobre sua saúde reprodutiva. O número de mulheres em idade reprodutiva na África Subsaariana que utilizam métodos contraceptivos modernos tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, passando de 26% para 66 milhões.

A demanda por métodos contraceptivos mais duradouros e discretos tem impulsionado essa transformação. Mulheres como Gifty Awuah, que agora tem acesso a injeções regulares a cada três meses, antes enfrentavam barreiras de acesso e custo elevado. A educação e a facilidade de obter informações sobre contracepção têm contribuído para a mudança de mentalidade e para a conscientização das mulheres sobre seus direitos reprodutivos.

Além disso, o avanço na variedade de opções contraceptivas, com produtos mais acessíveis no mercado, e melhorias na logística de distribuição têm permitido levar a contracepção também para áreas rurais, proporcionando benefícios tangíveis para as mulheres. A autonomia reprodutiva e a possibilidade de adiar a maternidade se tornaram realidade para muitas mulheres na região.