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Presidente Lula critica Vale por “enganar o povo de Mariana e Brumadinho” durante negociações de repactuação de desastre.



Repactuação do Desastre de Mariana: Presidente Lula critica a Vale

Em meio às negociações do governo com as mineradoras para repactuar o desastre de Mariana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas à Vale, afirmando que a empresa está “enganando o povo de Mariana e Brumadinho”. As discussões envolvem as indenizações e reparos decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, pertencente à Samarco, controlada pela Vale e BHP em 2015.

O desastre resultou na morte de 19 pessoas e na liberação de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos, afetando os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Em uma entrevista à rádio O Tempo, Lula questionou a eficácia das ações da Fundação Renova, criada pela Vale sete anos atrás para lidar com os danos causados. Até o momento, a Vale não se pronunciou sobre as declarações do presidente.

O acordo de repactuação de Brumadinho já foi assinado entre o governo de Minas e a Vale, totalizando R$ 37 bilhões em reparações. Já as negociações para o acordo de Mariana estão em andamento, com a mediação do TRF-6, envolvendo as mineradoras, o governo, os municípios, o Ministério Público e outros agentes da sociedade civil.

Apesar das críticas de Lula, ele afirmou que o acordo de Mariana está “90% resolvido” após conversas com o ministro Alexandre Silveira. No entanto, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, do partido Novo, criticou a falta de empenho do governo federal nas negociações, sugerindo um foco maior na disputa com a Vale do que nas indenizações às vítimas.

Recentemente, as mineradoras apresentaram uma nova proposta de acordo, destinando R$ 140 bilhões para reparação, sendo R$ 37 bilhões já direcionados. A AGU está avaliando a proposta, que inclui pagamentos aos governos federal, de Minas e Espírito Santo, bem como obras de reparações no valor de R$ 20 bilhões.

Diante das negociações em andamento e das críticas envolvendo a atuação da Vale, o desfecho do acordo de repactuação do desastre de Mariana permanece sob intensa discussão e avaliação por parte das partes envolvidas.

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