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Montadoras pressionam governo por aumento no Imposto de Importação de carros híbridos e elétricos para barrar concorrência chinesa crescente.




Anfavea pede recomposição do Imposto de Importação para carros híbridos e elétricos

Anfavea pede recomposição imediata do Imposto de Importação para carros híbridos e elétricos

A associação das montadoras, Anfavea, surpreende ao trair seu próprio discurso de previsibilidade ao solicitar a recomposição imediata do Imposto de Importação para carros híbridos e elétricos. Esse pedido vai de encontro ao acordo preestabelecido que previa a volta da alíquota de 35% somente em julho de 2026, conforme previamente estabelecido.

As taxas atuais, que entraram em vigor nesta segunda-feira (1º), são de 18% para carros 100% elétricos, 24% para os híbridos plug-in e 25% para os demais híbridos. No entanto, a Anfavea defende que os 35% deveriam ser aplicados imediatamente, visando um cenário desfavorável para tais pleitos.

O principal alvo desse pedido são as fabricantes chinesas, que têm ganhado espaço no mercado nacional com seus veículos eletrificados. Com isso, as montadoras brasileiras temem perder participação nos segmentos de maior valor agregado, como os SUVs com valores acima de R$200 mil.

O crescimento das vendas das fabricantes chinesas, como BYD, GWM, Neta e Omoda/Jaecoo, tem gerado preocupação entre as associadas da Anfavea, que veem nesses concorrentes uma ameaça aos seus lucros. Enquanto as chinesas focam no mercado varejista, as montadoras tradicionais investem em modelos híbridos flex, porém temem não recuperar a lucratividade.

A disputa entre as montadoras estabelecidas no Brasil e as fabricantes chinesas promete trazer impactos negativos para o setor, afetando a imagem da Anfavea diante dos consumidores e do governo. O desafio agora é encontrar um equilíbrio entre a concorrência estrangeira e a necessidade de manter a rentabilidade e participação de mercado.


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