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Justiça decide se policiais acusados de Massacre de Paraisópolis vão a júri popular após audiência no Fórum da Barra Funda

Na tarde de sexta-feira (28), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) realizou uma audiência no Fórum da Barra Funda, na capital paulista, para decidir se os 12 policiais militares acusados de participar da operação no baile funk da DZ7, em Paraisópolis, que resultou na morte de nove jovens, serão levados a júri popular. O trágico episódio, que ficou conhecido como Massacre de Paraisópolis, ocorreu na noite de 1º de dezembro de 2019.

Inicialmente, treze policiais estavam sendo julgados, porém, de acordo com informações do Tribunal de Justiça, o processo de um deles foi suspenso. Os demais acusados estão respondendo por homicídio qualificado e lesão corporal, ambos por dolo eventual.

Durante a audiência, iniciou-se o depoimento das testemunhas de defesa dos policiais. No total, 22 testemunhas foram arroladas, mas até o horário aproximado das 20h, somente cinco haviam sido ouvidas, entre elas figuras como os coronéis Fernando Alencar de Medeiros e Marcelino Fernandes da Silva, além do ex-comandante geral da Polícia Militar, Marcelo Salles.

As testemunhas de acusação já haviam sido ouvidas em audiências realizadas no ano passado. Após essa etapa de instrução, os réus serão interrogados.

Os jovens que perderam suas vidas brutamente foram identificados como Gustavo Cruz Xavier, Denys Henrique Quirino da Silva, Marcos Paulo de Oliveira Santos, Dennys Guilherme dos Santos Franco, Luara Victoria de Oliveira, Eduardo Silva, Gabriel Rogério de Moraes, Bruno Gabriel dos Santos e Mateus dos Santos Costa, todos com idades entre 14 e 23 anos.

A Polícia Militar alegou na época que os policiais reagiram a um suposto ataque de criminosos, que teriam disparado contra as viaturas e corrido em direção ao baile funk. No entanto, as famílias das vítimas contestam essa versão, argumentando que os jovens foram vítimas de brutalidade policial.

O desfecho desse caso que gerou comoção e indignação na sociedade ainda está sendo decidido pela Justiça, enquanto as famílias das vítimas buscam por justiça e esclarecimento sobre as circunstâncias que levaram à tragédia em Paraisópolis.

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