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Federacao PSOL/Rede acusa prefeito de uso eleitoral em eventos de obras municipais; Boulos será representante na disputa




Ricardo Nunes é acusado de realizar propaganda eleitoral em eventos oficiais

Ricardo Nunes é acusado de realizar propaganda eleitoral em eventos oficiais

A federação PSOL/Rede enviou uma representação ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo acusando o prefeito Ricardo Nunes (MDB) de utilizar eventos de lançamento de obras e programas da gestão municipal para promover sua campanha à reeleição. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) será o representante na disputa.

Segundo os partidos, exemplos como as inaugurações do transporte hidroviário municipal, da unidade Perus-Anhanguera do serviço Descomplica SP e da UPA-Rio Pequeno foram citados na representação como eventos em que Nunes teria feito discursos com viés eleitoral, relacionando as inaugurações à sua imagem e promovendo críticas aos adversários, especialmente do PSOL.

Em uma das inaugurações, Nunes afirmou: “E essa lei, a gente teve o voto dos dois vereadores que estão aqui, mas nós não tivemos os votos e eu queria que vocês soubessem disso, que vocês tenham direito de saber que a lei que foi criada para dar comida para as pessoas mais pobres, para acolher as pessoas que estão em situação de rua, o PSOL votou contra. Os vereadores do PSOL votaram contra e os vereadores que aqui estão votaram a favor”.

A federação alega que, apesar de não ter havido um pedido explícito de voto, Nunes infringiu a legislação ao realizar discursos com teor eleitoral em eventos oficiais de inauguração de equipamentos e serviços públicos. Por isso, solicitam que a Justiça imponha uma multa de, no mínimo, R$ 15 mil ao prefeito e que ele seja proibido de fazer discursos eleitorais em futuros eventos custeados pelo município.

Essa atitude dos partidos mostra um ambiente político polarizado, com acusações de uso indevido da máquina pública para fins eleitorais. A decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo sobre essa representação será crucial para definir os limites entre a promoção da gestão e a propaganda eleitoral antecipada.


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