DestaqueUOL

Estudo revela 15 bairros do Rio de Janeiro com conflitos crônicos e presença constante de facções criminosas, aponta pesquisa.






Artigo sobre Conflitos Crônicos no Rio de Janeiro

A pesquisa mapeou 15 bairros com conflitos crônicos por serem frequentes, regulares e intensos ao longo de todos os anos analisados. São áreas historicamente dominadas pelo CV (Comando Vermelho), principal facção do Rio, mas em constante disputa por território com a milícia e com outras organizações criminosas, como o Complexo do Alemão, o Complexo da Maré, Costa Barros e Praça Seca.

Quase a metade das ações com conflito registradas pelo levantamento envolviam a participação da PM. Ao todo, 28% dos bairros (343) tiveram conflitos em todos os anos entre 2017 e 2022, indica o estudo.

Pesquisadores criticam operações policiais

Um dos coordenadores da pesquisa, Daniel Hirata, do Geni-UFF, diz que a atuação da PM baseada em confrontos contribuem com a alta quantidade de confrontos. “No Rio, as operações policiais são cotidianamente baseadas em confrontos, que se banalizaram. Isso se agrava quando ocorrem em um território onde há disputa entre grupos criminosos”, diz.

O Rio de Janeiro tem uma configuração própria, que favorece o confronto em operações policiais. Isso é visível para todas as pessoas que moram ou que passam pelo Rio de Janeiro.
Daniel Hirata

Apenas 3,7% dos bairros da região metropolitana do Rio de Janeiro são afetados por conflitos regulares e de alta intensidade. “Essa é a principal conclusão da pesquisa, porque indica que apenas uma área pequena é afetada pela violência crônica”, diz Maria Isabel Couto, diretora do Instituto Fogo Cruzado.

Como jornalista, ao analisar os dados da pesquisa que mapeou os 15 bairros com conflitos crônicos no Rio de Janeiro, é possível observar a gravidade da situação nessas regiões. De acordo com o estudo, esses bairros são palco de conflitos frequentes, regulares e intensos ao longo de vários anos, sendo dominados historicamente pelo CV (Comando Vermelho) e constantemente disputados por outras facções criminosas e grupos milicianos.

Um dado alarmante revelado pela pesquisa é que quase metade das ações com conflito registradas envolviam a participação da Polícia Militar. Isso evidencia a complexidade da situação de segurança nessas áreas, onde a atuação policial baseada em confrontos contribui para a escalada da violência. Daniel Hirata, um dos coordenadores do estudo, ressaltou que as operações policiais no Rio de Janeiro são frequentemente marcadas por confrontos, o que acaba banalizando a violência e agravando a disputa entre grupos criminosos.

Segundo Maria Isabel Couto, diretora do Instituto Fogo Cruzado, apenas 3,7% dos bairros da região metropolitana do Rio de Janeiro sofrem com conflitos regulares e de alta intensidade, o que indica que a violência crônica está concentrada em uma área relativamente pequena. No entanto, a persistência desses conflitos em determinadas regiões demanda uma análise mais aprofundada das políticas de segurança pública e das estratégias de enfrentamento adotadas pelas autoridades.

Diante desse cenário, é fundamental que medidas eficazes sejam implementadas para reduzir a violência e garantir a segurança dos moradores dessas áreas afetadas por conflitos crônicos. O diálogo entre as autoridades, a sociedade civil e os pesquisadores é essencial para encontrar soluções sustentáveis e promover a paz nessas regiões tão impactadas pela violência urbana.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo