Déficit das contas públicas atinge R$ 63,9 bilhões em maio de 2024, revela Banco Central em estatísticas fiscais recentes.
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O déficit primário, que representa a diferença entre as despesas e receitas do setor público, excluindo os pagamentos de juros da dívida, atingiu um total de R$ 362,5 bilhões de janeiro a maio de 2024, representando 7,83% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período do ano anterior, o resultado deficitário era de R$ 268 bilhões, equivalente a 6,11% do PIB.
Em relação aos juros nominais, os gastos do setor público não financeiro totalizaram R$ 74,4 bilhões em maio deste ano, frente aos R$ 69,1 bilhões registrados em maio de 2023. Já o resultado nominal do setor público consolidado, considerando o déficit primário e os juros nominais, foi negativo em R$ 138,3 bilhões no mês de maio.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu 62,2% do PIB em maio, representando um aumento de 0,7 ponto percentual do PIB em relação ao mês anterior. Já a Dívida Bruta do Governo Geral alcançou 76,8% do PIB, com um acréscimo de 0,5 ponto percentual em comparação com o mês anterior.
As análises do Banco Central indicam que os déficits e endividamento do setor público estão em patamares preocupantes, com impacto significativo na economia do país. A alta nos juros nominais e a variação do PIB nominal são fatores que contribuem para o aumento da dívida pública e a deterioração das contas públicas. O cenário econômico exige medidas de controle e ajuste fiscal para reverter essa situação e garantir a sustentabilidade das finanças públicas.