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Ações da Nike despencam 20% após alerta de queda nas vendas, afetando o setor esportivo mundial. Wall Street questiona futuro da empresa.




Desaceleração nas vendas da Nike afeta mercado de artigos esportivos

Desaceleração nas vendas da Nike afeta mercado de artigos esportivos

A gigante fabricante de artigos esportivos, Nike, sofreu uma queda de 20% em suas ações nesta sexta-feira (28), após divulgar que suas vendas iriam cair no decorrer do ano. Essa notícia impactou não apenas a empresa, mas todo o setor esportivo.

O comunicado da Nike, feito na quinta-feira (27), revelou que suas receitas trimestrais foram inferiores ao esperado e reduziu suas perspectivas para o restante do ano. A empresa prevê uma queda de cerca de 5% em sua receita devido a uma desaceleração na demanda.

Essa desaceleração é resultado de uma reestruturação iniciada em dezembro pela atual administração, que já havia gerado uma queda significativa nas ações da empresa na época devido a um alerta sobre a redução da demanda.

Além da Nike, outras varejistas do setor, como JD Sports, Foot Locker e Under Armour, também sofreram quedas em suas ações devido ao impacto negativo das notícias divulgadas pela gigante do esporte.

A confiança dos analistas de Wall Street também foi abalada com a perspectiva de queda nas receitas. John Kernan, diretor da TD Cowen, questionou se a era de ouro da empresa já havia passado, argumentando que a Nike estava sendo ultrapassada por marcas premium e iniciantes que atraem os consumidores devido a tendências de moda inovadoras.

O CFO da Nike, Matthew Friend, destacou em uma conferência que a recuperação diante desse cenário demanda tempo e a empresa está adotando medidas agressivas para reorganizar o estoque e impulsionar as vendas, especialmente após a queda na demanda por produtos de lifestyle.

Com vendas diretas em queda e uma reestruturação em andamento desde dezembro, a Nike busca recuperar sua participação de mercado e expandir seu alcance, sem focar apenas em um canal de vendas específico.

A empresa também observou quedas nas regiões da Grande China, Europa, Oriente Médio e África, o que contribui para a previsão de uma queda de 10% na receita do próximo trimestre e de 5% para o ano fiscal de 2025.

Apesar das dificuldades, a Nike superou as expectativas de lucro, com ganhos por ação de US$ 0,99, o que representou um aumento de 45% no lucro líquido em relação ao ano anterior, mesmo com as vendas sofrendo uma queda de 1,7%.

Essa crise na Nike e a reação do mercado destacam a importância de adaptação e inovação constantes dentro do setor de artigos esportivos, que continua em constante evolução.


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