Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo defende o serviço de aborto legal
Nesta quinta-feira (27), o Sindsep lançou uma carta aberta em defesa da manutenção do serviço de aborto legal na capital paulista, também pedindo o fim da perseguição de médicos e demais profissionais de saúde. O Cremesp mantinha processos abertos contra médicos que realizaram abortos legais em hospitais municipais de saúde.
O documento destaca que o fechamento do serviço de aborto legal do Hospital e Maternidade Cachoeirinha resultou em uma perseguição aos médicos do serviço, caracterizando um ataque cruel. Outros sindicatos, como o de Médicos e de Trabalhadores Públicos da Saúde, além de grupos como a Abrasco e parlamentares do PT e PSOL, assinaram o manifesto.
O Sindsep convocou uma manifestação em frente ao Hospital e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, onde o serviço de aborto legal está suspenso desde dezembro do ano passado. As perseguições aos profissionais foram motivadas por uma resolução do CFM que proibiu o procedimento de assistolia fetal em gestações superiores a 22 semanas, suspensa posteriormente pelo STF.
O Cremesp afirmou que vai paralisar os expedientes instaurados para apurar desvios éticos e o manifesto lançado destaca que as principais usuárias do serviço de aborto legal tardio são meninas menores de 14 anos, mulheres periféricas, moradoras de áreas rurais, indígenas e negras.
O documento também faz um apelo para que o presidente da Câmara dos Deputados arquive o PL Antiaborto por Estupro e pede o fim da perseguição aos profissionais de saúde, a reabertura do serviço de aborto legal do hospital e a ampliação do acolhimento a vítimas de violência e aborto legal em todo o território nacional.
Por Bianka Vieira, Karina Matias e Manoella Smith
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