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Procurador-Geral propõe criação de novo tipo penal para punir médicos que prescrevem medicamentos ineficazes aos pacientes.




Proposta de criação de novo tipo penal para punir prescrição de medicamentos sem eficácia

Proposta de criação de novo tipo penal para punir prescrição de medicamentos sem eficácia

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, enviou um ofício ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), sugerindo a criação de um novo tipo penal para punir médicos e outros profissionais de saúde que prescrevem medicamentos comprovadamente ineficazes para os pacientes.

Segundo a proposta do chefe do Ministério Público de São Paulo, aqueles que realizarem, participarem ou financiarem pesquisas científicas em seres humanos sem a devida autorização das autoridades competentes e sem o consentimento do paciente ou de seu representante poderão ser penalizados com reclusão de um a três anos, além de multa.

Da mesma forma, aqueles que aplicarem medicamentos contraindicados na bula do fabricante sem autorização do órgão competente poderão receber a mesma pena. Em casos de lesão corporal grave, a pena será aumentada para dois a quatro anos, e em casos de morte, a pena poderá chegar a quatro a oito anos de reclusão.

A proposta foi inspirada na investigação realizada pela força-tarefa do MP-SP que apurou mortes por Covid-19 em hospitais da rede Prevent Senior, onde foram prescritos medicamentos sem eficácia comprovada, como a hidroxicloroquina, para os pacientes.

No início de junho, o MP-SP apresentou denúncias contra diretores e funcionários da Prevent Senior, responsabilizando-os por homicídio culposo de sete pacientes que receberam tratamentos ineficazes contra a doença.

A Prevent Senior, em comunicado, afirmou que atende às melhores práticas em todos os segmentos em que atua e que isso será reconhecido ao final do processo.

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