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Operação CashBack: Polícia Federal e MP desarticulam quadrilha de tráfico e lavagem de dinheiro em diversos estados com 18 prisões.

Na manhã desta quinta-feira (27), uma quadrilha especializada em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro está sendo alvo de uma grande operação de repressão conduzida pela Polícia Federal (PF) em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ). A ação batizada de CashBack tem como objetivo cumprir 18 mandados de prisão preventiva e pelo menos dez de busca e apreensão em diversos estados do Brasil, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Durante a execução da operação, foram feitas apreensões significativas, como em uma residência do principal alvo em Itapema, onde foram encontrados três carros de luxo, relógios Rolex, joias, telefones celulares e R$ 20 mil em espécie, levando à prisão do suspeito. Além disso, buscas foram realizadas em uma cobertura de alto padrão no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro.

A investigação teve início depois que a Polícia Federal apreendeu, em janeiro de 2022, R$ 1,5 milhão escondidos na carroceria de um veículo que seguia do Rio para São Paulo. A apreensão levou a descobertas posteriores, como a interceptação de grandes quantidades de drogas transportadas pela quadrilha. Em uma das ações, 805 quilos de cocaína foram encontrados em Piraí, enquanto em outra, 808 quilos foram apreendidos em Seropédica, região metropolitana do Rio.

Segundo os investigadores, a organização criminosa tinha a função de transportar drogas entre os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul, abastecendo comunidades dominadas por facções criminosas, como o Complexo do Alemão e o Complexo do Salgueiro. O Ministério Público identificou um esquema financeiro sofisticado utilizado para ocultar os valores obtidos com a venda das drogas. Carros de luxo eram adquiridos e enviados como pagamento pela aquisição dos entorpecentes, enquanto contas bancárias de terceiros eram usadas para movimentar os valores.

Ao longo do primeiro semestre de 2021, o grupo movimentou cerca de R$ 15 milhões, com um único integrante chegando a movimentar R$ 14 milhões entre março e dezembro do mesmo ano. O MP já apresentou denúncia contra os envolvidos por tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, com penas que somadas podem alcançar até 35 anos de reclusão.

A complexidade e abrangência desse esquema criminoso demonstram a importância das operações de repressão conduzidas pelas autoridades, visando desmantelar organizações que atuam à margem da lei, causando prejuízos à sociedade e ao Estado. As ações conjuntas entre a Polícia Federal e o Ministério Público são essenciais para combater o crime organizado e garantir a segurança e a ordem pública em todo o país.

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