Ministra Marina Silva revela que 85% dos incêndios no Pantanal ocorrem em terras privadas, sem ignição natural, durante reunião do Conselhão.
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Marina ainda ressaltou que, este ano, a situação dos incêndios foi agravada pelos efeitos da mudança do clima causada por ações humanas. Ela alertou para os eventos climáticos extremos que têm ocorrido, como ondas de calor, secas e inundações, mostrando que as consequências das atividades humanas estão se tornando cada vez mais visíveis.
A situação crítica de escassez de recursos hídricos na Bacia do Paraguai foi confirmada pela Agência Nacional de Águas (ANA) em maio, refletindo o impacto dos extremos climáticos na região. Um relatório técnico divulgado pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro indicou que a área queimada no bioma do Pantanal alcançou 627 mil hectares até 23 de junho de 2024, ultrapassando em 142,9% os números de 2020.
Para combater as queimadas, várias equipes estão atuando na região, contando com apoio de brigadistas do Ibama, ICMBio, Marinha e Força Nacional de Segurança Pública. A chegada de uma frente fria na região favoreceu as operações e permitiu que diversos focos de incêndio fossem controlados. O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, informou que, apesar do cenário mais crítico em relação a 2020, a estrutura de combate ao fogo está maior e mais bem organizada.
A situação continua sendo monitorada de perto, e novos reforços estão a caminho, visando controlar a situação e minimizar os danos provocados pelos incêndios no Pantanal. O engajamento de diversas instituições e a cooperação entre diferentes esferas do governo são essenciais para lidar com essa grave situação.