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Mercosul condena tentativa de golpe na Bolívia e apoia governo constitucional de Luis Arce em comunicado conjunto dos países-membros

Na última quinta-feira (27), os países-membros do Mercosul se pronunciaram de forma contundente em relação à tentativa de golpe sofrida pelo governo da Bolívia no dia anterior. Em um comunicado oficial, os Estados partes e associados do bloco expressaram “profunda preocupação e enérgica condenação” diante do ocorrido, ressaltando que tal ato viola os princípios internacionais da vida democrática e, sobretudo, do Mercosul.

Segundo o texto divulgado, os países rejeitam veementemente qualquer tentativa de mudança de poder por meio da violência e de forma inconstitucional, que vá contra a vontade popular, a soberania, a autodeterminação dos povos e que coloque em risco a estabilidade política e social do país vizinho. Além disso, manifestaram total solidariedade e apoio à institucionalidade democrática do governo constitucional do presidente Luis Arce e suas autoridades democraticamente eleitas.

Vale ressaltar que o Mercosul é composto atualmente por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, enquanto os estados associados são Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname. A Bolívia, por sua vez, está em processo final de ingresso no bloco e a formalização deste processo está prevista para a próxima Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, em Assunção, no Paraguai, nos dias 7 e 8 de julho. Todos os países membros já ratificaram a entrada da Bolívia no Mercosul, inclusive o Brasil.

A tentativa de golpe na Bolívia, ocorrida na quarta-feira (26), teve como protagonistas um grupo de soldados do Exército liderado pelo general Juan José Zúñiga. Os militares se reuniram na praça central Plaza Murillo, onde está localizado o palácio presidencial e o Congresso boliviano. Com tanques blindados, eles arrombaram uma porta do palácio presidencial, o que culminou na entrada dos soldados no prédio.

Diante da situação, o presidente Luis Arce agiu rapidamente e nomeou novos comandantes para as Forças Armadas, o que resultou na retirada dos militares do local e na prisão de Zúñiga e de outros membros do grupo. Ações como essas colocam em risco a democracia e a estabilidade de todo um país, sendo, portanto, duramente condenadas pelos membros do Mercosul.

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