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Mercado financeiro tem dia de trégua após turbulências: dólar cai e bolsa de valores atinge maior nível em quase um mês

Após uma semana repleta de instabilidades, o mercado financeiro finalmente encontrou um dia de alívio nesta quinta-feira (27). O dólar apresentou uma pequena queda após atingir o seu maior nível em dois anos e meio, enquanto a bolsa de valores teve um desempenho positivo, fechando no maior patamar em quase um mês.

O dólar comercial encerrou o dia sendo vendido a R$ 5,508, com uma variação negativa de R$ 0,011 (-0,20%). A cotação da moeda norte-americana iniciou o dia em baixa, chegando a atingir R$ 5,48 por volta das 9h45, subindo para R$ 5,53 às 12h30, mas reverteu o movimento e encerrou o dia em queda.

Com os resultados apresentados hoje, o dólar acumula uma alta de 4,93% somente no mês de junho. Já em 2024, a divisa registra uma valorização de 13,5%.

No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou o dia em 124.556 pontos, representando uma alta de 1,29%. O desempenho do índice foi impulsionado pelas ações de empresas exportadoras, com um reforço significativo das empresas varejistas e de bancos após a divulgação dos dados do mercado formal de trabalho em maio.

Tanto fatores internos quanto externos contribuíram para o cenário de alívio no mercado financeiro. No mercado internacional, as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano diminuíram após declarações de um dirigente do Federal Reserve indicando a possibilidade de corte de juros em 2024. Essa perspectiva de juros mais baixos em economias avançadas ajuda a reduzir a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil.

No âmbito doméstico, a divulgação de que a criação de empregos em maio foi impactada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, com um total de 131,8 mil vagas abertas, impulsionou o mercado financeiro. A desaceleração no índice de criação de empregos reduz as chances de um aumento na taxa de juros pelo Banco Central brasileiro no segundo semestre. Juros mais baixos incentivam a migração de investimentos da renda fixa para a bolsa de valores, de maior risco.

Além disso, uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a possibilidade de cortes de gastos e elogios ao diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, trouxeram alívio ao mercado. A pressão de fim de semestre, incluindo remessas de lucros por multinacionais, que aumentam a demanda por dólares no Brasil, foi o único fator que impediu uma queda ainda maior na moeda norte-americana.

Em resumo, o mercado financeiro viveu um dia de trégua, com o dólar apresentando queda e a bolsa de valores alcançando um desempenho positivo, impulsionado por fatores internos e externos que contribuíram para um cenário mais favorável aos investidores.

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