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Esquema de fraude na Americanas: ex-diretores envolvidos em manipulação de mercado e uso de informação privilegiada são alvos da PF.




Polícia Federal realiza operação contra ex-diretores da Americanas

Polícia Federal realiza operação contra ex-diretores da Americanas

No início da manhã desta quinta-feira (27), a Polícia Federal deflagrou uma operação com o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão contra ex-diretores e pessoas ligadas à Americanas, uma das maiores varejistas do país.

Entre os alvos dessa ação está o ex-CEO Miguel Gutierrez, juntamente com outros nomes como Anna Christina Soteto, Carlos Eduardo Padilha, Maria Chirstina Do Nascimento, e mais. A investigação teve como base acordos de colaboração premiada feitos por Marcelo Nunes, ex-diretor financeiro da empresa, e Flávia Carneiro, responsável pela Controladoria da B2W.

As investigações da Polícia Federal apontaram que os ex-funcionários da Americanas cometeram irregularidades com o intuito de atingir metas financeiras internas e incentivar bonificações. Além disso, manipulavam de forma ilícita o valor de mercado das ações da empresa, configurando assim os crimes de manipulação de mercado, uso de informação privilegiada e associação criminosa.

O rombo nas contas da Americanas veio à tona no início de 2023, quando a empresa revelou ao mercado inconsistências contábeis que totalizavam mais de R$ 20 bilhões, resultando na entrada da varejista em um processo de recuperação judicial.

Fraude foi batizada de ‘inconsistências contábeis’

No comunicado oficial, a Americanas informou sobre as “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões, o que causou a renúncia do então CEO Sergio Rial e do principal executivo de finanças, André Covre. A empresa entrou em recuperação judicial em seguida, com dívidas declaradas de R$ 42,5 bilhões.

Um relatório posterior revelou que os resultados da varejista haviam sido inflados em R$ 25,3 bilhões devido à fraude contábil cometida pela antiga diretoria. A investigação também levantou questionamentos sobre a atuação dos principais acionistas da Americanas, como Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

A CPI que investigava a empresa encerrou sem apontar culpados, enquanto a Polícia Federal segue com suas diligências para esclarecer as condutas ilícitas dos ex-diretores da Americanas.


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