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Eleição de Luis Arce marca retorno do MAS ao poder na Bolívia após queda de Evo Morales em meio a protestos






Eleição de Luis Arce

O economista de esquerda Luis Arce foi eleito presidente da Bolívia em outubro de 2020. A vitória dele marcou o retorno ao poder do MAS (Movimento ao Socialismo), 11 meses após a queda de Evo Morales em meio a protestos e denúncias de fraude eleitoral.

Morales, inclusive, apoiou Arce durante sua campanha. Hoje, no entanto, o ex-presidente é seu maior adversário para as eleições presidenciais de 2025. Essa disputa causou, inclusive, a expulsão de Arce de seu partido.

Diante do golpe de Estado, Arce pediu por uma mobilização popular. “O povo boliviano foi convocado”, disse. Ainda no comunicado, o líder afirmou que a cidadania boliviana não pode permitir que “golpistas levem vidas bolivianas”. O discurso se deu sob gritos de “Lucho (Luis Arce) não está só”, ecoado por apoiadores do presidente.

Ele também nomeou três novos chefes para as Forças Armadas da Bolívia após a tentativa de golpe. Eles são: José Wilson Sánchez Velásquez (Exército); Geraldo Zabala Alvarez (Força Aérea) e Renán Wilson Guardia Ramírez (chefe da “Marinha” boliviana, conhecida como Armada). Depois do anúncio, militares que invadiram o Palácio Quemado se retiraram das imediações da sede do governo em La Paz.

Juan José Zúñiga: o general

Juan José Zuñiga em foto de arquivo
Juan José Zuñiga em foto de arquivo – Imagem: Handout / Bolivian Presidency / AFP

O cenário político da Bolívia teve reviravoltas significativas com a eleição de Luis Arce como presidente do país. Sua vitória representou não apenas a volta do MAS ao poder, mas também a resiliência de um movimento político após a conturbada saída de Evo Morales.

Apesar do apoio inicial de Morales a Arce, a atual situação política mostra que os dois líderes estão agora em lados opostos, com Morales se tornando um adversário político de Arce para as próximas eleições presidenciais. Esse embate político acabou resultando na expulsão de Arce de seu próprio partido, evidenciando a fragmentação que se estabeleceu no cenário político boliviano.

Em meio às turbulências, Arce se viu diante de um golpe de Estado e convocou a população a se mobilizar contra os golpistas. Sua postura firme e a união de seus apoiadores foram fundamentais para manter a estabilidade no país e garantir a legitimidade de seu governo.

Além disso, a nomeação de novos chefes para as Forças Armadas foi uma medida estratégica de Arce para reforçar sua posição diante da tentativa de golpe. As mudanças nesse setor crucial da segurança nacional foram acompanhadas pelo recuo dos militares que haviam invadido o Palácio Quemado, demonstrando a eficácia da resposta do governo diante da crise.

Em síntese, a eleição de Luis Arce como presidente da Bolívia não apenas reconfigurou o tabuleiro político do país, mas também evidenciou a resiliência de um movimento político que teve que superar desafios complexos para retomar o poder de forma legítima.


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