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Calvário de família americana: obstáculos burocráticos impedem retorno aos EUA após nascimento prematuro de Greyson




Reportagem sobre a história de Cheri e Greyson

Cheri foi internada em 8 de março. “Ela acordou às 4h da manhã e disse ‘estou sangrando, a gente tem que ir para um hospital’. Eu levei ela no primeiro hospital público que encontrei, no centro de Florianópolis”. De lá, eles foram transferidos para uma unidade de saúde particular, com especialidade em maternidade.

Durante quatro dias, os médicos tentaram atrasar o parto. Apesar dos esforços, em 12 de março, Cheri precisou fazer uma cesárea de emergência, com apenas 28 semanas de gestação.

O pequeno Greyson nasceu com 1,2 kg e precisou ficar internado na UTI por 51 dias. Os médicos precisavam ressuscitá-lo. “Foi um período difícil porque a minha esposa dependia de mim para tudo, ela não falava uma palavra em português e não conseguia se comunicar no hospital. Falo português por causa da minha primeira filha, por isso, para mim era um pouco mais fácil”.

De alívio ao pesadelo

Após a alta do bebê, o que seria o momento de alívio e felicidade se tornou um verdadeiro pesadelo. Desde o fim de abril, a família tenta retornar para casa, nos Estados Unidos, mas esbarra em burocracias e na falta de agilidade da Justiça brasileira. “Só vamos comemorar quando a gente conseguir chegar na nossa casa”, diz o pai.

Dois cartórios de Florianópolis se negaram a emitir a certidão de nascimento da criança. O caso foi parar no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. “Há um mês, a gente contratou uma advogada para nos ajudar a conseguir a documentação. Entramos com um processo, mas o caso não anda, é desesperador, a gente só quer voltar para a nossa casa com o nosso filho”, lamentou Chris.


Por Amanda Souza, jornalista

No dia 8 de março, Cheri foi internada em um hospital de Florianópolis após sentir fortes dores e sangramento. O parto foi adiado por quatro dias, mas no dia 12 de março, ela precisou passar por uma cesárea de emergência, dando à luz o pequeno Greyson com apenas 28 semanas de gestação. O bebê nasceu com 1,2 kg e teve que ficar 51 dias internado na UTI, onde os médicos tiveram que ressuscitá-lo.

Após a alta de Greyson, a família enfrentou um verdadeiro pesadelo. Desde o final de abril, eles tentam retornar para casa, nos Estados Unidos, mas encontram dificuldades burocráticas e lentidão na Justiça brasileira. Dois cartórios de Florianópolis se recusaram a emitir a certidão de nascimento da criança, levando o caso ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Chris, o pai de Greyson, desabafou sobre a situação desesperadora, destacando a espera angustiante para poder voltar para casa com seu filho.

A situação envolvendo Cheri e Greyson destaca a importância de um sistema de saúde eficiente e uma burocracia que não prejudique os cidadãos. Enquanto a família aguarda uma solução para conseguir retornar aos Estados Unidos, a jornada de superação e obstáculos enfrentados por eles torna-se um reflexo das dificuldades vividas por muitas pessoas em situações semelhantes. A espera por justiça e documentação necessária deve ser acompanhada de perto para que a família possa finalmente comemorar o retorno para casa, concluindo assim essa marcante história de superação e luta pela família.

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