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Presidente Lula descarta desvinculação do piso das aposentadorias do salário mínimo em entrevista ao Portal Uol.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, em entrevista concedida ao Portal Uol, sua posição contrária à desvinculação do piso das aposentadorias do salário mínimo. Lula destacou que não pretende alterar a política de valorização do salário mínimo, enfatizando que considera esse aumento como um investimento necessário e não como um gasto supérfluo.

Durante a entrevista, o presidente ressaltou a importância de garantir condições dignas de vida para todos os cidadãos, afirmando que a palavra “salário mínimo” representa o mínimo necessário para a sobrevivência de uma pessoa. Lula ainda citou o empresário Henry Ford como exemplo de uma filosofia de valorização dos trabalhadores, destacando a importância de garantir um salário justo para que os trabalhadores possam consumir os produtos que fabricam.

Em relação à proposta de revisão dos gastos do governo, Lula afirmou que a equipe econômica está analisando a possibilidade de “modernizar” as vinculações de benefícios trabalhistas e previdenciários, excluindo apenas as aposentadorias do salário mínimo. O presidente garantiu que a política de valorização do salário mínimo será mantida enquanto ele estiver no cargo, destacando a importância de manter o poder aquisitivo dos trabalhadores e distribuir a riqueza de forma mais equitativa.

Outro ponto abordado na entrevista foi a taxação federal de remessas de até US$ 50 do exterior. Lula defendeu a necessidade de equilíbrio na cobrança de impostos, questionando a taxação de valores baixos de compras realizadas no exterior, enquanto existem isenções para pessoas que viajam frequentemente e realizam compras de valores mais elevados.

A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que taxa as compras internacionais de até US$ 50, porém, Lula indicou que a tendência é vetar essa taxação. Atualmente, as compras do exterior abaixo desse valor são isentas de impostos federais, sendo taxadas apenas pelo ICMS com alíquota de 17% cobrado pelos estados. O presidente sugeriu que as medidas fiscais devem priorizar a classe trabalhadora e garantir um equilíbrio na tributação de compras internacionais.

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