Governo Central fecha maio com déficit primário de R$ 61 bilhões, pressionado pela antecipação do décimo terceiro aos aposentados
O déficit de maio deste ano foi o segundo pior para esse mês desde o início da pandemia de covid-19, em 2020, quando atingiu R$ 126,635 bilhões. O desempenho ficou aquém do esperado pelas instituições financeiras, que projetavam um déficit de R$ 38,5 bilhões para o mês.
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2024, o Governo Central apresenta um déficit primário de R$ 30 bilhões. No mesmo período do ano passado, o resultado era positivo, com um superávit primário de R$ 1,834 bilhão.
A meta estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias para este ano é de um déficit primário zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo. No entanto, o déficit primário desse mês foi de R$ 61 bilhões, o equivalente a 0,48% do PIB.
Os números mostram que, apesar da arrecadação federal recorde em maio, as despesas do Governo Central aumentaram em um volume maior do que as receitas, impactadas pela antecipação do décimo terceiro do INSS e pelos gastos com o Bolsa Família. As despesas totais subiram 18,5% em valores nominais em relação a maio do ano passado.
Os gastos com a Previdência Social tiveram um aumento expressivo, assim como os gastos com programas sociais, créditos extraordinários para o Rio Grande do Sul e despesas discricionárias. Os investimentos em obras públicas e compra de equipamentos também registraram um aumento significativo nos cinco primeiros meses do ano.
Diante desse cenário, o Governo Central precisa adotar medidas para equilibrar suas contas e cumprir a meta fiscal estabelecida para o ano, buscando aumentar as receitas e controlar os gastos de forma mais eficiente.
