Fundador do WikiLeaks, Julian Assange, é recebido como herói na Austrália após batalha legal de 14 anos nos EUA.

Assange desembarcou de um jato particular pouco depois das 19h30, acenando para os presentes e aplaudindo seus apoiadores antes de abraçar sua esposa, Stella, e seu pai. O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, que defendeu a libertação de Assange, afirmou em entrevista que teve uma conversa calorosa com o ativista e elogiou os esforços do governo australiano em apoiar seus cidadãos.
A longa batalha legal de Assange teve início em 2010, quando o WikiLeaks divulgou documentos militares confidenciais dos Estados Unidos sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque. Após passar mais de cinco anos em uma prisão britânica e sete anos asilado na embaixada do Equador em Londres, Assange se declarou culpado de conspirar para obter e divulgar documentos confidenciais de defesa nacional.
Enquanto o governo dos EUA considerava Assange imprudente por suas ações, seus apoiadores o saudavam como um herói da liberdade de expressão, alegando que ele expôs crimes de guerra. O advogado de Assange nos Estados Unidos, Barry Pollack, garantiu que o trabalho do WikiLeaks continuará, e a advogada do ativista no Reino Unido e Austrália, Jennifer Robinson, agradeceu ao governo australiano por garantir sua libertação.
Assange concordou em se declarar culpado de uma única acusação criminal, encerrando assim uma saga que o levou a passar longos períodos afastado de sua família e em uma situação de incerteza legal. Sua libertação foi recebida com alívio por seus familiares, que comemoraram o fato de que ele poderá voltar para casa na Austrália e retomar sua vida cotidiana.