
O polêmico caso de Julian Assange
Vestindo um elegante terno preto e uma gravata ocre, com o cabelo penteado para trás, o ex-cientista da computação de 52 anos está enfrentando um processo por ter publicado centenas de milhares de documentos confidenciais americanos na década de 2010 no controverso site WikiLeaks. Sua aparição foi marcada por flashes de câmeras e pela presença de Kevin Rudd, ex-primeiro-ministro australiano e atual embaixador em Washington.
Leia também Assange enfrentou saga jurídica de quase 14 anos por vazar documentos confidenciais dos EUA
“Eu encorajei minha fonte”
No depoimento, Julian Assange admitiu que “encorajou a minha fonte”, a ex-analista militar americana Chelsea Manning, a fornecer material confidencial que resultou no grande vazamento de documentos. Apesar do cansaço visível em seu rosto, ele parecia mais relaxado durante as declarações.
Após passar cinco anos preso no Reino Unido, Assange deixou o país na segunda-feira, 24 de junho, para ser julgado perante o tribunal federal americano em Saipan, nas Ilhas Marianas. Ele concordou com o princípio de uma “confissão de culpa”, o que resultou na escolha do tribunal das Ilhas Marianas do Norte devido à sua recusa em viajar para o continente americano e à proximidade do território com a Austrália, conforme documentos judiciais.
Após o acordo, Julian Assange foi processado apenas por uma acusação de “conspiração para obter e divulgar informações de defesa nacional”, de acordo com documentos judiciais.