Escolha do Vencedor do Prêmio Camões 2024 Inicia com Reunião Virtual Internacional de Jurados de Três Países
O encontro para decidir o laureado é realizado de forma online e conta com a participação de representantes do Brasil, Portugal e de um país da CPLP. Os representantes brasileiros na reunião são o escritor Deonísio da Silva e o professor e pesquisador Ranieri Ribas, que participam diretamente da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.
Do lado de Portugal, as juradas são as professoras Clara Crabbé Rocha e Isabel Cristina Mateus. Moçambique completa o grupo de jurados, com a presença do filósofo e crítico de arte poética Dionisio Bahule e do professor Francisco Noa.
O nome do vencedor do Prêmio Camões será anunciado assim que houver consenso entre os jurados. A data para a entrega da premiação ainda não foi definida e pode ocorrer no Brasil ou em Portugal.
O vencedor receberá um prêmio no valor de 100 mil euros, cerca de R$ 580 mil, subsidiado igualmente pelo Ministério da Cultura de Portugal e pela Fundação Biblioteca Nacional do Brasil. O diploma entregue ao premiado conta com as assinaturas dos chefes de estado do Brasil e de Portugal e inclui o nome de todos os países de língua portuguesa.
Criado em 1988, o Prêmio Camões homenageia autores de língua portuguesa que tenham contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural do idioma. O prêmio é uma homenagem a Luís Vaz de Camões, renomado poeta português. O vencedor da edição anterior foi o ensaísta, crítico literário, cronista e tradutor português João Barrento.
No entanto, a edição de 2019 foi marcada por uma recusa na entrega do diploma ao vencedor, o escritor Chico Buarque, devido a desavenças políticas com o então presidente Jair Bolsonaro. O músico só recebeu o prêmio em 2023, com a assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lista de vencedores do Prêmio Camões inclui escritores de diversos países de língua portuguesa, com destaque para autores brasileiros como João Ubaldo Ribeiro, Lygia Fagundes Telles, Jorge Amado, Rachel de Queiroz e João Cabral de Melo Neto.
