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Educação em tempo integral avança de forma desigual no Brasil, deixando de fora alunos mais novos, da região Norte e áreas rurais.





Ampliação da Educação em Tempo Integral ficou desigual no Brasil, mostra relatório

Ampliação da Educação em Tempo Integral ficou desigual no Brasil, mostra relatório

Um relatório recente apontou que a ampliação da educação em tempo integral no Brasil ocorreu de forma desigual, deixando de fora alunos mais novos, da região Norte e das áreas rurais. Apesar de avanços para estudantes pretos, pardos e indígenas, a progressão não foi igualitária em comparação com os brancos.

O Plano Nacional de Educação, sancionado em 2014 pela presidente Dilma Rousseff, completou uma década de vigência sem que nenhuma das 20 metas tenha sido plenamente cumprida. De acordo com o relatório da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, mesmo nos objetivos em que houve avanço, a progressão foi desigual.

Um dos pontos destacados é a meta de que, até 2024, no mínimo metade das escolas públicas ofereçam jornada em tempo integral e 25% dos alunos da educação básica estejam nessa modalidade. No entanto, os dados do Censo Escolar de 2023 mostram que apenas 30,5% das escolas e 20,6% dos estudantes estão em tempo integral.

A ampliação da carga horária de aulas é vista como estratégia essencial para a melhoria da educação, porém implica em mais gastos para estados e municípios. O relatório aponta que a ausência ou interrupção de políticas educacionais levou à regressão do número de matrículas em tempo integral, especialmente para os estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental.

O programa Mais Educação, que foi descontinuado, resultou em uma redução nas matrículas em tempo integral para crianças que estão na fase de alfabetização. Em contrapartida, o ensino médio obteve maior avanço na modalidade de tempo integral, porém questionado em relação à qualidade.

O relatório destaca ainda a desigualdade entre escolas urbanas e rurais, com a redução de matrículas nas áreas rurais e o aumento do desfavorecimento dos alunos da região Norte. O governo retomou recentemente políticas para ampliar a educação em tempo integral, porém a execução ainda é lenta.

Com a vigência do Plano Nacional de Educação chegando ao fim, espera-se a assinatura de um novo projeto para orientar as políticas educacionais da próxima década, visando uma educação em tempo integral mais eficiente e igualitária.


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