Artista brasileira Tadáskía quebra regra do MoMA com exposição imersiva nos Estados Unidos
O renomado Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA, é conhecido por sua restrição à prática de desenhar nas paredes de suas galerias. No entanto, a talentosa artista brasileira Tadáskía conseguiu a permissão especial para desafiar essa regra com sua exposição “Project: Tadáskía”, que precede sua participação na prestigiada feira de arte Art Basel, em Basileia, na Suíça.
Utilizando carvão e pastéis secos em uma ampla paleta de cores, Tadáskía passou aproximadamente duas semanas no MoMA criando uma instalação de desenho de parede imersiva, repleta de figuras de pássaros entre formas curvilíneas e rodopiantes.
Como uma artista trans negra, Tadáskía aborda seu trabalho com uma abordagem sentimental e espiritual. De olhos fechados, ela fez uma oração antes de começar sua criação, oferecendo seus desenhos ao mundo. Todo o desenho foi feito à mão livre, sem auxílio de dispositivos eletrônicos.
A exposição, intitulada “Project: Tadáskía”, marca a primeira exposição individual da artista nos Estados Unidos e é uma colaboração com o Studio Museum, localizado no Harlem. Parte da instalação inclui a obra “Ave Preta Mística”, um livro sem encadernação com 61 páginas e desenhos marcantes que o MoMA recentemente adquiriu da artista.
Com raízes africanas e uma forte conexão com suas origens afro-indígenas, Tadáskía explora a transformação e a ambiguidade por meio de seus desenhos. Os pássaros em sua parede representam, para ela, a liberdade e a importância de conhecer o passado, inspirados em símbolos como o “sankofa”, um pássaro mítico usado em Gana.
O sucesso da artista tem se destacado no cenário artístico internacional, com uma participação marcante na Bienal de São Paulo no ano anterior e agora com sua exposição no MoMA. Seu trabalho singular e poderoso cativou tanto críticos quanto curadores, que elogiam sua força visual e sua capacidade de transmitir mensagens profundas por meio de sua arte.
Com muita determinação e criatividade, Tadáskía quebrou as barreiras tradicionais da arte ao trazer sua história e suas inspirações para as paredes do MoMA, marcando seu nome no cenário artístico mundial.
