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Proposta de Autonomia Financeira do Banco Central enfrenta resistência dos servidores e críticas de especialistas econômicos.




Notícia sobre PEC 65/2023


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No Senado há sete meses, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65/23, que versa sobre a autonomia financeira do Banco Central (BC), ainda gera intensos debates e resistência por parte dos servidores da entidade. O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) emitiu uma nota nesta terça-feira (25) reiterando sua oposição à proposta, classificando-a como prejudicial ao país.

Sob relatoria do senador Plínio Valério (PSDB-AM), a PEC tem sido alvo de críticas por parte daqueles que acreditam que ela pode interferir nas atividades do banco, tais como o controle da inflação, a execução da política monetária, a definição da taxa de juros, a segurança do sistema financeiro e a emissão da moeda nacional. Atualmente, o BC é uma autarquia e desfruta de autonomia operacional, mas a PEC propõe transformá-lo em uma empresa pública, o que permitiria ao Banco Central utilizar sua própria receita como fonte de recursos.

O Sinal expressou preocupações sobre os possíveis impactos negativos da PEC, incluindo fragilização dos controles, maior terceirização e precarização das atividades. Os servidores alegam que a proposta pode resultar em completa independência do Banco Central, prejudicando o controle do Executivo e favorecendo os interesses do capital financeiro em detrimento do controle democrático e da transparência.

Mesmo diante das críticas do relator da proposta, que afirmou que os servidores estavam protestando sem fundamento, o Sinal reforçou sua posição de resistência à PEC. Durante uma assembleia geral, 74% dos servidores do Banco Central rejeitaram a proposta, segundo o sindicato. O presidente nacional do Sinal, Fábio Faiad, enfatizou a legitimidade da luta contra um projeto que ameaça a atuação do BC em diferentes aspectos.

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