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Preços históricos do cacau impulsionam lucros no Equador, povos são beneficiados com alta nas vendas para o exterior.


Boom do cacau no Equador traz lucro aos produtores

No Equador, onde o governo não regula os preços do cacau, os lucros são cada vez maiores. Este ano, Avellán conseguiu vender um quintal (100 libras ou 45 quilos) por US$ 420 (R$ 2.267). Antes do boom “havia preços de US$ 50 a 60 (R$ 270 a R$ 324) que não justificavam (o investimento), davam vontade de deixar de ser agricultor de cacau”, disse à AFP.

Agora, “graças a estes preços vamos tornar nossas famílias mais sustentáveis e ter melhores condições e (…) cuidar das nossas plantas com muito mais razão, porque agora (cacau) é a semente do ouro”, comemora ela, que herdou a profissão dos avós.

“Estes preços são históricos, nunca os tivemos”, afirma Iván Ontaneda, presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Cacau do Equador (Anecacao), país no qual os pequenos produtores são responsáveis por 80% do total de frutas cultivadas em 22 das 24 províncias.

Depois da Costa do Marfim e Gana, o país sul-americano é o terceiro maior produtor do mundo, com cerca de 420 mil toneladas por ano. Mas, nos últimos meses, a mudança climática extrema e as doenças destruíram plantações na África, inclinando a balança financeira a favor do Equador.

Quase toda a produção é exportada e em 2023, o cacau gerou US$ 1,3 bilhão (R$ 6,6 bilhões na cotação da época) para o país.

Devido aos altos preços internacionais, entre janeiro e abril de 2024 o Equador já vendeu US$ 774 milhões (R$ 4,2 bilhões), segundo o Banco Central.


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