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Ministro confirma exoneração de diretor da Conab em meio a polêmica no leilão do arroz; nova concorrência será aberta.




Ministro do Desenvolvimento Agrário anuncia exoneração de diretor da Conab

Ministro do Desenvolvimento Agrário confirma pedido de exoneração de diretor da Conab

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, confirmou nesta terça-feira (25) o pedido de exoneração do diretor da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) Thiago Santos, após a polêmica envolvendo o leilão do arroz, suspenso por suspeitas de irregularidades.

Teixeira informou que a substituição de Thiago Santos deve ser efetivada ainda hoje pelo conselho de administração da Conab. O ministro chegou ao Palácio do Planalto e, ao ser questionado sobre a exoneração, afirmou brevemente: “Isso já está resolvido. O governo já resolveu isso. O próprio conselho hoje vai encaminhar”.

Thiago José dos Santos, atual diretor-executivo de Operações e Abastecimento da Conab, é responsável pela operacionalização dos leilões promovidos pela companhia. Ele foi indicado para o cargo após ser assessor de Neri Geller, ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, também demitido devido aos problemas no leilão do arroz.

O anúncio da anulação do leilão de importação de arroz foi feito há duas semanas pelo governo do presidente Lula (PT), após indícios de falta de capacidade técnica e irregularidades. Uma nova concorrência será aberta, conforme comunicado pelos ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira, juntamente com o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Além disso, foi revelado que Robson Luiz de Almeida França, ex-assessor de Neri Geller, intermediou quase metade da venda do arroz importado no leilão da Conab. Isso gerou desgaste e resultou na aceitação do pedido de demissão do secretário de Política Agrícola, Neri Geller, por parte do ministro Fávaro.

O presidente Lula chancelou as decisões tomadas e o leilão para importação de arroz foi uma medida para evitar uma potencial alta nos preços do grão, devido à calamidade climática no Rio Grande do Sul.

Como reportado, das quatro empresas vencedoras do leilão de arroz do governo federal, uma delas é proprietária de um estabelecimento em Macapá (Amapá) dedicado à venda de leite e laticínios. Outra é de um empresário de Brasília que admitiu ter pago propina para conseguir um contrato com a Secretaria de Transportes do Distrito Federal (DF). No total, o governo adquiriu 263,3 mil toneladas de arroz importado, totalizando R$ 1,3 bilhão em compras.

Novo leilão suspenso por suspeitas

Diante de todo o contexto envolvendo o leilão do arroz e as questões de irregularidades, o ministro Teixeira, juntamente com as autoridades competentes, decidiu suspender o novo leilão previsto. A situação segue sendo acompanhada de perto pelos órgãos responsáveis para garantir transparência e lisura nas ações realizadas pela Conab.

O governo está empenhado em superar os desafios enfrentados no setor agrário e assegurar que as políticas adotadas estejam alinhadas com os interesses da população e com a correta utilização dos recursos públicos.


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