
O que dizem os PMs
O portal de notícias UOL solicitou entrevistas com os dois policiais militares envolvidos no caso para a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (SSP), mas não obteve resposta. No entanto, a reportagem teve acesso aos depoimentos prestados por ambos ao Ministério Público, em 5 de julho de 2024.
O primeiro-tenente Julio Santos relatou aos promotores que, no dia do incidente, percebeu a presença de traficantes armados na região enquanto estava dentro da viatura. Ao desembarcar com sua equipe para abordá-los, os criminosos fugiram.
O oficial também afirmou que, após uma perseguição, avistou Wellington Silva portando uma arma e uma bandoleira. Ele disse ter ordenado que largasse as armas, porém não foi obedecido. Segundo o depoimento do PM, eles foram alvos de disparos e, por esse motivo, revidaram.
O primeiro-tenente declarou ainda que não presenciou Wellington Silva efetuando disparos, mas ouviu os tiros. Ele mencionou que essa foi a primeira vez, em seus 17 anos de atuação como policial militar, que se deparou com uma morte durante uma intervenção policial.
Já o cabo Maykon Silva informou ao MP que, após os disparos efetuados pelo tenente, viu Wellington Silva ainda armado e com a bandoleira. Então, realizou novos disparos e se afastou da linha de tiro. Posteriormente, retornou ao local e desarmou o suspeito.