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Julian Assange evita prisão perpétua, mas jornalistas alertam para precedente perigoso na liberdade de imprensa

“A administração Biden ficará feliz de encerrar esse caso”, escreve Jameel Jaffer, advogado especializado na defesa da liberdade de expressão na Universidade de Columbia, no site especializado justsecurity.org.

“Foi a administração [do republicano Donald] Trump, lembremos, que a apresentou a denúncia”, enquanto a do democrata Barack Obama renunciou a fazê-lo “devido às preocupações sobre as implicações para a liberdade de imprensa”, explicou.

Julian Assange evita os 175 anos de prisão aos quais poderia ser sentenciado no início, mas será condenado a 62 meses de prisão, pena que ele já cumpriu em Londres, por “conspiração para obter e divulgar informação relativa à defesa nacional”, a única acusação da qual se declarará culpado.

“A lógica do acordo é que Assange terá cumprido cinco anos de prisão por atividades que os jornalistas realizam todos os dias, e que precisamos absolutamente que eles realizem”, estima Jameel Jaffer, ao considerar o caso “um precedente terrível”.

Por que nas Ilhas Marianas?

Em sua carta à presidente do tribunal de Saipan, capital das Ilhas Marianas do Norte, Ramona Manglona, o Departamento de Justiça americano cita “a oposição do acusado a viajar para a parte continental dos Estados Unidos”.

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