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Dívida Pública Federal ultrapassa R$ 6,7 trilhões em julho, apesar de alto volume de vencimentos de títulos prefixados.

A Dívida Pública Federal (DPF) no Brasil atingiu a marca de R$ 7,139 trilhões em julho, representando um aumento de 1,02% em relação ao mês anterior. Mesmo com um alto volume de vencimentos de títulos prefixados, a DPF continuou dentro do previsto, conforme o Plano Anual de Financiamento (PAF) divulgado no início do ano.

Um fator que contribuiu para esse aumento foram as emissões de títulos a mais do que os resgates, principalmente de papéis corrigidos pela Taxa Selic. Além disso, a apropriação de juros no valor de R$ 57,12 bilhões também influenciou no crescimento da dívida pública. Com a Taxa Selic em 10,5% ao ano, a apropriação de juros acabou pressionando o endividamento do governo.

No mercado externo, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) também apresentou um aumento de 1,28%, chegando a R$ 317,63 bilhões. O dólar em alta contribuiu para esse crescimento, com a moeda norte-americana avançando 1,86% no último mês. Porém, o vencimento de um título de R$ 3,089 bilhões no mercado internacional evitou um aumento maior na dívida externa.

O colchão da dívida pública, utilizado como reserva financeira em períodos de turbulência, também teve um aumento, passando de R$ 1,032 trilhão em junho para R$ 1,105 trilhão em julho. Atualmente, esse colchão é capaz de cobrir 8,2 meses de vencimentos da dívida pública, que nos próximos 12 meses estão previstos em torno de R$ 1,46 trilhão.

A composição da DPF também sofreu alterações, com uma maior proporção de títulos corrigidos pela Selic e uma queda na participação dos papéis prefixados. As instituições financeiras continuam sendo os principais detentores da dívida pública, representando 30,7% do total, seguidas pelos fundos de pensão e fundos de investimento.

Em resumo, a Dívida Pública Federal no Brasil continua em crescimento, refletindo a política de endividamento do governo e as condições econômicas do país. Apesar disso, a manutenção dentro das expectativas previstas e a presença de um colchão financeiro robusto indicam um cenário controlado em relação à dívida pública.

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