Consumo de álcool e drogas responsável por mais de 3 milhões de mortes por ano, revela relatório da OMS
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O estudo revela que a maioria dessas mortes decorre de doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares e câncer, além de ferimentos causados por acidentes de trânsito, automutilação e violência. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ressaltou a importância de ações urgentes para reduzir as consequências negativas para a saúde e sociais do consumo de álcool e tornar o tratamento para transtornos por uso de substâncias acessível.
Além disso, o relatório aponta que o consumo total per capita de álcool registrou uma ligeira queda entre 2010 e 2019, passando de 5,7 litros para 5,5 litros. No entanto, os índices mais elevados de consumo foram observados em países europeus e nas Américas. A ingestão de álcool entre os consumidores chega a aproximadamente duas taças de vinho por dia, o que está associado a riscos aumentados de diversas condições de saúde e mortalidade.
Outro ponto destacado no relatório é o consumo excessivo de álcool, que foi registrado por 38% das pessoas que declararam consumir álcool no mês anterior à pesquisa. Esse padrão de consumo excessivo foi mais prevalente entre homens e jovens com idades entre 15 e 19 anos.
Diante dessas informações alarmantes, a OMS enfatiza a necessidade de acelerar ações a nível global para alcançar as metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e reduzir o consumo de álcool e drogas, ampliando o acesso a tratamentos de qualidade para transtornos causados pelo uso de substâncias. É fundamental que as comunidades se comprometam com ações ousadas e eficazes para combater esse grave problema de saúde pública e promover uma sociedade mais saudável e equitativa.