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CNJ suspende julgamento virtual contra desembargador acusado de descumprir decisão do STF sobre caso da Lava Jato em Porto Alegre.

Na tarde desta terça-feira (25), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu suspender o julgamento virtual que estava em andamento sobre a possível abertura de um processo disciplinar contra o desembargador Marcelo Malucelli, que integra o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) com sede em Porto Alegre.

O julgamento havia se iniciado no dia anterior, com o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, votando a favor da abertura do processo disciplinar. O desembargador Malucelli é acusado de descumprir uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ao suspender decisões do ex-juiz da Lava Jato, Eduardo Appio, relacionadas ao advogado Rodrigo Tacla Duran, réu em um dos processos da Operação Lava Jato.

Após o voto do relator, ministro Salomão, o processo foi retirado da pauta da sessão virtual, sem previsão para retorno. A principal razão que motivou a investigação é a suspeita de ligações pessoais do desembargador com a família do senador Sergio Moro (União-PR), o que poderia comprometer a imparcialidade na análise do caso.

O advogado Tacla Duran afirmou no ano passado que foi alvo de perseguição após se recusar a ser extorquido durante o processo em que é réu. Ele alegou ter sido procurado por pessoas ligadas à família de Moro, que teriam oferecido um acordo de delação premiada em troca de informações.

Após as declarações de Duran, o senador Moro declarou não temer investigações e negou categoricamente as acusações, as quais classificou como falsas e repetidas desde 2017.

A defesa do desembargador Marcelo Malucelli, antes do início do julgamento, afirmou ao CNJ que o magistrado nunca atuou de forma ilegal em qualquer processo, incluindo os da Lava Jato.

Diante de toda essa controvérsia, o caso continua despertando interesse e gerando debates tanto no meio jurídico quanto na opinião pública, aguardando-se novos desdobramentos do processo.

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