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Julian Assange e Edward Snowden: Dois ícones da informação e privacidade
Washington queria condenar Julian Assange a uma pena de 170 anos de prisão por 18 supostos crimes, visando sua morte na prisão. No entanto, em troca da confissão de um dos crimes, Assange ganhou sua liberdade. O fundador do WikiLeaks evitou assim a deportação para uma prisão de segurança máxima nos Estados Unidos, retornando à Austrália, seu país natal.
A comparação com Edward Snowden é inevitável. Assange revelou informações sensíveis sobre as relações diplomáticas dos EUA, enquanto Snowden expôs o amplo monitoramento realizado pela National Security Agency, inclusive interceptando conversas da ex-presidente Dilma Rousseff. Enquanto Assange agora está livre, Snowden vive exilado em Moscou há mais de uma década, sob a proteção duvidosa de Vladimir Putin.
Mesmo que Snowden não desfrute de um “exílio dourado” em Moscou, sua situação é melhor do que passar anos confinado em uma embaixada ou prisão. O legado de Assange e Snowden continua a levantar importantes questões sobre privacidade, liberdade de imprensa e o papel dos whistleblowers na sociedade contemporânea.