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Ações da Nvidia caem 13% e empresa perde posto de mais valiosa do mundo para a Microsoft em meio a queda de techs






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Nvidia tem tombo de 13%

As ações da Nvidia caíram 13% desde a última quinta-feira (20), o que tirou a fabricante de chips da posição de mais valiosa do mundo. Apenas na segunda-feira (24), a queda foi de 6,7%, a maior entre as ações do índice de tecnologia Nasdaq.

Com esse resultado, a Microsoft retornou à liderança do ranking de empresas mais valiosas (US$3,3 tri), seguida pela Apple (US$3,2 tri).

Parece que a gigante de chips não caiu sozinha. Netflix (-2,49%), Amazon (-1,86%) e Microsoft (-0,47%) também registraram quedas. Esse movimento deixou os investidores em alerta quanto a um possível esfriamento do mercado nos EUA, que tem vivido um boom nas bolsas desde 2023.

O avanço da Inteligência Artificial e a força da economia americana, apesar dos juros altos, elevaram os preços das ações.

Apesar dos resultados positivos da Nvidia e de outras empresas de tecnologia, alguns analistas alertam para o risco de uma bolha, afirmando que as ações subiram demasiadamente.

  • Ações da Nvidia acumulam alta de 140% em 2024, mesmo com as últimas baixas.

A Nvidia é a principal fornecedora de chips de alto desempenho onde a tecnologia de Inteligência Artificial é processada. Com o crescimento do ChatGPT e do Google Gemini, as encomendas por essa infraestrutura dispararam. Fundada nos anos 1990 em Santa Clara, Califórnia, a empresa era sucesso no mercado de games antes da Inteligência Artificial.

A Nvidia domina 80% do mercado de chips para processamento de Inteligência Artificial, de acordo com a consultoria Omdia, e quer manter a liderança com uma nova geração de chips. Empresas como Xilinx, Google, AMD e Intel, todas dos EUA, dividem o restante do mercado de chips.

Para aprofundar: o assessor de investimentos e colunista da Folha, Marcos de Vasconcellos, aponta que a onda de regulação pela qual passa a Inteligência Artificial pode levar a uma desvalorização das ações.

Real chega aos 30

O Real, atual moeda brasileira, completa 30 anos na próxima segunda-feira (1º). Nesse mesmo dia, em 1994, as notas conhecidas pelos animais estampados entraram em circulação. A inflação, finalmente, estava controlada, com o índice passando de 47% ao mês para 6,84%.

O lançamento do Real foi apenas a terceira e última etapa de um programa de controle da hiperinflação, que havia chegado a 5.000% ao ano. Tudo começou em maio de 1993, quando o então senador Fernando Henrique Cardoso assumiu o Ministério da Fazenda, após ser nomeado pelo então presidente da República, Itamar Franco.

Em entrevista à Folha, o economista Edmar Bacha, que apresentou o conjunto de ideias a FHC, conta que o primeiro rascunho do plano foi feito num “papelzinho azul”. O plano propunha, inicialmente, um controle das contas públicas e a transição gradual usando a segunda moeda, a URV (Unidade Real de Valor), antes de lançar o Real.

A estratégia foi bem-sucedida, mas não escapou de críticas e ceticismo. Trinta anos depois, a inflação ainda é vista como um risco a se considerar no Brasil. Desde então, a moeda nacional desvalorizou cerca de 40%, em parte devido à indexação da economia em contratos de reajustes.

Para aprofundar: série de reportagens e entrevistas da Folha mostra como o plano foi um divisor de águas para a economia brasileira.

Agenda verde em marcha lenta

Empresas de diversos setores estão mudando suas políticas ambientais e deixando as metas para redução de emissões menos rigorosas, em meio à mudança climática.

O Acordo de Paris, de 2015, propõe que as emissões globais de gases poluidores devem ser reduzidas em 43% até 2030, mantendo o aquecimento global em no máximo 1,5°C. No entanto, levantamentos mostram que grandes empresas têm revisado essas metas para baixo ou até mesmo abandonado.

Essas empresas haviam anunciado compromissos de redução de emissões por conta própria, mas agora parecem estar reavaliando sua viabilidade, com um discurso pragmático ganhando força.

Além disso, empresas como Unilever, Bank of America e Shell têm abandonado metas ambientais nos últimos meses. Esse movimento impactou o mercado de títulos verdes, que viu uma queda significativa nas emissões desses títulos nos primeiros três meses de 2024 em comparação ao ano anterior.

Apesar do recuo de algumas empresas, mais de dois terços das receitas anuais das maiores companhias do mundo estão alinhadas com a neutralidade de carbono, mostrando um aumento significativo em relação aos anos anteriores.

Magalu + AliExpress

O Magalu anunciou uma parceria com a gigante AliExpress, permitindo que os clientes comprem produtos de ambas as plataformas. O Magalu venderá produtos da linha “Choice” da AliExpress, considerada premium, enquanto a AliExpress comercializará produtos do Magalu, como eletrodomésticos e bens de consumo duráveis.

A aprovação da taxação de importados de até US$50 facilitou essa parceria e resultou em um aumento nas ações do Magalu na Bolsa.

Essa parceria marca uma mudança significativa no setor varejista, que tem enfrentado uma crise devido ao aumento das taxas de juros e à concorrência de plataformas digitais estrangeiras. Empresas como Shein e Shopee faturaram bilhões no Brasil em 2023, levando o varejo a reconsiderar suas estratégias.

Essa mudança na tributação ainda aguarda a sanção do presidente Lula e pode ter impactos significativos nas importações e no setor varejista como um todo.


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