A relação entre os políticos argentino e alemão é marcada por pouca afinidade e diferenças ideológicas. Enquanto o argentino se destaca pela excentricidade e declarações bombásticas, o alemão é conhecido por sua postura pragmática e discreta. Scholz e Milei representam espectros políticos opostos, sendo o primeiro um social-democrata e o segundo um ultraliberal que prega o fim do Estado.
As divergências políticas entre os dois foram evidenciadas no comunicado após o encontro. O governo alemão ressaltou a importância de considerar o impacto das reformas na população e proteger a coesão social, algo que vai de encontro às propostas de Milei para a Argentina.
Milei busca implementar reformas drásticas, com cortes na máquina pública, educação, previdência social e cultura, gerando protestos no país sul-americano.
Pontos de convergência
Apesar das discordâncias, Scholz e Milei encontraram pontos de convergência durante a conversa. Ambos concordaram com a importância de concluir as negociações para um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, visando fortalecer as relações econômicas entre os países.
A Alemanha é um dos principais investidores estrangeiros na Argentina, com presença de grandes empresas como Siemens, Volkswagen e Bayer. Por sua vez, a Argentina possui matérias-primas essenciais, como o lítio, importantes para a transição energética na Alemanha.
