Governo de Mato Grosso do Sul decreta situação de emergência por incêndios florestais que assolam o estado, com prejuízos bilionários.

Desde o início do ano, Mato Grosso do Sul enfrenta uma seca que tem se intensificado ao longo dos meses. O Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) apontou um aumento significativo nos focos de calor no estado desde o final de maio devido à estiagem prolongada.
O decreto também prevê a convocação de voluntários para reforçar as atividades de resposta ao desastre e campanhas para arrecadação de recursos junto à comunidade, visando facilitar as ações de assistência às pessoas afetadas. Além disso, autoriza as autoridades a adentrarem residências em situações de risco iminente para prestar socorro ou ordenar a evacuação, bem como a utilizar propriedades privadas em caso de perigo público, garantindo compensação posterior aos proprietários em caso de danos.
O Pantanal, maior área úmida contínua do planeta, tem sido duramente atingido pelos incêndios, com um aumento alarmante nas ocorrências de fogo nos últimos 12 meses. A situação se agravou devido à seca extraordinária, levando a Agência Nacional de Águas (ANA) a declarar escassez quantitativa de recursos hídricos na região do Paraguai.
Uma pesquisa do MapBiomas revelou que o Pantanal é o bioma mais afetado por queimadas nas últimas décadas, com 59,2% de seu território atingido pelo fogo. Somente o município de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, liderou o ranking nacional de queimadas entre 1985 e 2023.
Os prejuízos socioeconômicos causados pelos incêndios são significativos, estimando-se um impacto de mais de R$ 17 bilhões na agropecuária pantaneira. O governo estadual busca medidas emergenciais para enfrentar a situação crítica e minimizar os danos causados aos habitantes e ao meio ambiente da região.