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Fogo transformador une São João e Xangô: a conexão entre a tradição das festas juninas e a fé na justiça divina.




Fogo Transformador: São João e Xangô

Fogo Transformador: São João e Xangô

Noite de São João, fogueiras acesas, danças populares e a celebração da cultura popular brasileira. Mas além da festa, existe um significado mais profundo por trás desse evento, um sincretismo que une a religiosidade católica aos cultos africanos.

As festas juninas misturam tradições da Umbanda e do Candomblé brasileiros, unindo devoção católica a entidades e Orixás africanos. O sincretismo religioso mostra a criatividade e resiliência do povo brasileiro em manter suas tradições espirituais vivas.

O fogo da fogueira, tradicional nas festas de junho, tem significados tanto na religião católica quanto nas religiões de matriz africana. A purificação simbolizada pelo fogo é um elemento comum, seja na honra aos santos católicos ou na reverência aos Orixás.

Para os praticantes da Umbanda, como o pai de santo Ruy Leite, a festa de São João é uma oportunidade de louvar Xangô, orixá da justiça e do fogo, pedindo por crescimento e justiça. O sincretismo permite que diferentes crenças se encontrem e celebrem juntas.

As quadrilhas, típicas das festas juninas, reúnem pessoas de diversas origens e crenças, mostrando que a dança e a festa podem unir diferentes religiões e visões de mundo. Celebrar a vida e a renovação é o que une pessoas de todas as crenças nessa época do ano.

A festa de São João é, portanto, muito mais do que apenas uma celebração popular. É um momento de encontro e respeito mútuo entre diferentes tradições espirituais, mostrando que a diversidade religiosa pode ser fonte de união e celebração.


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