
Recentemente, a questão do direito ao aborto nos Estados Unidos tem sido um tema central nas campanhas políticas, especialmente entre os candidatos democratas. Com a reversão do precedente Roe v. Wade pela Suprema Corte em 2022, que legalizou o aborto nacionalmente em 1973, os defensores do direito ao aborto estão buscando reforçar suas campanhas com apoio financeiro.
Segundo uma análise da Reuters dos dados da OpenSecrets, os grupos que apoiam o direito ao aborto contribuíram com 65,8% das doações para super PACs neste ciclo eleitoral. Essas contribuições são fundamentais para impulsionar as campanhas dos candidatos democratas, incluindo o presidente Joe Biden, que tem se destacado por defender a proteção dos direitos ao aborto em sua mensagem de campanha para a reeleição.
Por outro lado, os candidatos republicanos e comitês do partido receberam a maior parte das contribuições de grupos anti-aborto, totalizando cerca de 75,95%. Os PACs, que arrecadam fundos para candidatos ou causas políticas, têm desempenhado um papel essencial nesse cenário.
De acordo com os dados da OpenSecrets, os PACs e super PACs alinhados com causas anti-aborto arrecadaram 3,54 milhões de dólares até o momento neste ciclo eleitoral, enquanto os grupos que apoiam o direito ao aborto arrecadaram 15,3 milhões de dólares. Esses números refletem a importância do financiamento na defesa das diferentes posições em relação ao tema.
Com a polarização em torno do direito ao aborto nos EUA, o apoio financeiro se torna crucial para influenciar o resultado das eleições e garantir que as vozes de ambos os lados sejam ouvidas. É esperado que as doações continuem a desempenhar um papel significativo no cenário político, especialmente nas campanhas voltadas para questões tão delicadas e controversas como o aborto.