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Ultradirerita lidera pesquisas eleitorais na França, mas enfrenta resistência da sociedade e de diplomatas estrangeiros em alerta.




Eleições na França

Eleições na França: resultado da pesquisa aponta ultradireita na liderança

Uma pesquisa divulgada neste domingo (23) revelou as mais recentes intenções de voto para as eleições gerais na França, marcadas para os dias 30 e 7, com segundo turno. O partido de ultradireita RN (Reunião Nacional) lidera as pesquisas, com expressivos 35,5% do eleitorado.

Apesar da liderança do partido de Marine Le Pen, a ultradireita não deve obter maioria no parlamento, o que afasta a possibilidade de eleger um primeiro-ministro. Jordan Bardella, nomeado para o cargo, afirmou que não buscará a posição sem a maioria na Assembleia Nacional.

O levantamento realizado pelo instituto Ipsos, em parceria com o jornal Le Parisien e a Radio France, apontou a aliança de esquerda Nova Frente Popular em segundo lugar, com 29,5% dos votos, seguida pelo grupo governista de centro do presidente Emmanuel Macron, com 19,5%.

Esses números representam uma mudança significativa em relação às últimas eleições legislativas, em junho de 2022, quando a coalização de Macron venceu com 38% dos votos. A ultradireita obteve 17% do eleitorado naquela ocasião, indicando uma mudança no cenário político francês.

Os partidos de esquerda mais proeminentes da França anunciaram recentemente a formação de uma Nova Frente Popular para concorrer juntos nas eleições, surpreendendo especialistas e o próprio Macron, que apostava na divisão do campo político para formar uma nova coalizão no Legislativo.

A convocação das eleições pelo presidente Macron após a derrota dos governistas para a ultradireita nas eleições do Parlamento Europeu gerou um cenário de incertezas. No entanto, Macron garantiu que permanecerá no cargo até o término do mandato, previsto para 2027, independentemente do resultado eleitoral.

A confiança do eleitorado na abordagem econômica dos diferentes blocos também é um ponto de destaque, com a ultradireita obtendo vantagem, de acordo com pesquisa do Ipsos divulgada pelo Financial Times.

As preocupações com a ascensão da ultradireita mobilizaram a sociedade civil, com manifestações e apelos de figuras públicas, como o jogador de futebol Kylian Mbappé. Diplomatas e ex-diplomatas também expressaram sua preocupação com as possíveis consequências de uma vitória da ultradireita, comparando-a a exemplos internacionais negativos.

Nesse contexto, a importância das eleições na França transcende as fronteiras nacionais e pode ter impactos em todo o continente europeu. A decisão dos eleitores franceses não apenas determinará o rumo do país, mas também enviará sinais para o restante do mundo sobre os valores e direções políticas preferenciais.


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