
Nos últimos tempos, o debate em torno dos processos anticartel e da regulação das gigantes de tecnologia tem ganhado destaque. Domingos, especialista no assunto, considera “engraçado” a abertura de processos não apenas pelos danos já causados, mas também pelos que poderão vir a acontecer. Ele destaca como o diretor executivo da Meta, Mark Zuckerberg, defende que o Instagram só alcançou o sucesso atual devido à aquisição pela Facebook, que proporcionou infraestrutura e expertise necessárias.
Segundo o autor do livro “The master algorithm: How the quest for the ultimate learning machine will remake our world”, essa relação entre grandes empresas de tecnologia e startups se repete em diversos casos, como o da Microsoft e a Nvidia, com a compra de outras empresas menores. Essa prática levanta questões sobre monopólios e sua influência no mercado.
No contexto das eleições presidenciais americanas de 2024, o presidente Joe Biden reforçou o compromisso de investigar as gigantes de tecnologia. Especialistas indicam uma possível colaboração entre órgãos reguladores e agências governamentais para garantir a concorrência justa no Vale do Silício.
Com a proximidade das eleições, a administração Biden tem uma pequena janela de oportunidade para tomar medidas regulatórias, que poderão ser revertidas caso o republicano Donald Trump reassuma a presidência. A pressão por regulamentação também é percebida no âmbito legislativo, com quase mil leis propostas para regular a inteligência artificial desde o lançamento do ChatGPT.