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Centenas de fiéis, muitos vestidos com o traje típico tibetano, aguardavam sob um calor sufocante nos arredores do Hotel Park Hyatt, próximo do Central Park, desde as primeiras horas da manhã para ver seu líder espiritual e receber sua “bênção”, em meio a fortes medidas de segurança.
“Me senti realmente poderosa quando o vi!”, exclamou Tenzin Pasang, que, como muitos tibetanos, tem o primeiro nome do carismático Dalai, a quem viu pela terceira vez.
“Todo o mundo estava muito emocionado já que é nosso líder”, declarou à AFP esta jovem de 18 anos nascida nos Estados Unidos.
Antes de viajar a Nova York, o líder espiritual tibetano recebeu na quarta-feira em Dharamsala um grupo de legisladores americanos, entre eles a ex-presidente democrata da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi. O Congresso americano aprovou recentemente um texto que incentiva Pequim a retomar o diálogo com os dirigentes tibetanos, interrompido desde 2010.
Pequim, que defende que o Tibete faz parte de seu território, denunciou o que classificou de “ingerência externa” e pediu “encarecidamente” que os Estados Unidos “reconheçam a natureza separatista antichinesa do grupo” do Dalai Lama.
Neste evento, a presença massiva de fiéis demonstra a importância e influência do Dalai Lama no mundo tibetano. A visita do líder espiritual a Nova York também trouxe questões políticas à tona, com o congresso americano incentivando o diálogo com os tibetanos, enquanto Pequim reforça sua posição de soberania sobre o Tibete.